Precisamos falar sobre Kevin
2007 - Editora Intrínseca Lionel Shrive
Sinopse: Lionel Shriver realiza uma espécie de genealogia do assassínio ao criar na ficção uma chacina similar a tantas provocadas por jovens em escolas americanas. Aos 15 anos, o personagem Kevin mata 11 pessoas, entre colegas no colégio e familiares. Enquanto ele cumpre pena, a mãe Eva amarga a monstruosidade do filho. Entre culpa e solidão, ela apenas sobrevive. A vida normal se esvai no escândalo, no pagamento dos advogados, nos olhares sociais tortos.
Transposto o primeiro estágio da perplexidade, um ano e oito meses depois, ela dá início a uma correspondência com o marido, único interlocutor capaz de entender a tragédia, apesar de ausente. Cada carta é uma ode e uma desconstrução do amor. Não sobra uma só emoção inaudita no relato da mulher de ascendência armênia, até então uma bem-sucedida autora de guias de viagem.
Cada interstício do histórico familiar é flagrado: o casal se apaixona; ele quer filhos, ela não. Kevin é um menino entediado e cruel empenhado em aterrorizar babás e vizinhos. Eva tenta cumprir mecanicamente os ritos maternos, até que nasce uma filha realmente querida. A essa altura, as relações familiares já estão viciadas. Contudo, é à mãe que resta a tarefa de visitar o "sociopata inatingível" que ela gerou, numa casa de correção para menores. Orgulhoso da fama de bandido notório, ele não a recebe bem de início, mas ela insiste nos encontros quinzenais. Por meio de Eva, Lionel Shriver quebra o silêncio que costuma se impor após esse tipo de drama e expõe o indizível sobre as frágeis nuances das relações entre pais e filhos num romance irretocável.
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Precisamos falar sobre Kevin foi, sem sombras de duvidas, o melhor livro que li em 2015.
O livro é narrado em primeira pessoa, de forma que por meio de cartas endereçadas ao marido ( Franklin), Eva (a mãe de Kevin) faz uma analise de toda sua vida até o atual momento.
Com cartas que partem desde o namoro dos dois até a terrível quinta feira, Lionel Shriver prende o leitor com cenas detalhas e o peso da verdade que existe em Eva. Essa é uma personagem muito sincera, muitas vezes vista como fria e até mesmo egoísta, uma mulher de sucesso e amante de viagens, sempre contra a ideia de ter filhos. Como seu oposto temos Franklin, tipico personagem americano, com o sonho de ser pai.
O livro retrata não o que Kevin fez, mas sim um questionamento do "por que ele fez?" e o famoso "De quem é a culpa?" O foco está em que ficou fora das grades, os parentes dos assassinos. Em suas cartas ao marido, Eva retrata também com tem passado seus dias após o filho virar uma estrela dos noticiários, a hostilidade dos vizinhos e de desconhecidos por considerar ela culpada por criar um monstro.
A relação de mãe é filho exposta é uma quebra da visão que o pai tem de sua família. Kevin é tudo que Franklin sempre sonhou, e nada que a esposa diga pode mudar, ele sempre julga Eva por não querer ter filhos e acha que a mulher apenas implica com o filho.
Eva nunca quis ser mãe, e esperava com o nascimento do primeiro filho sentir todo o amor que os amigos relatavam ao dizer sobre sua experiencia ao serem pais. Mas Kevin rejeita a mãe logo que nasce.
Com o passar do tempo, as coisas não melhoram entre eles, o filho que Eva tem é outro filho na frente de Franklin e ela sabe que o verdadeiro filho é aquele que ela vê. Uma infância marcada por choros intermináveis e despreço por tudo Kevin se mostra em um verdadeiro pé de guerra com a mãe.
Kevin é manipulador e apático, desde pequeno mostra seu tédio pelo mundo. Kevin sabe que é importante dividir para conquistar.
Com o crescimento de Kevin o questionamento de Eva sobre ser a culpada pelas atitudes do filho (vejam, Kevin tem varias manias e ações questionáveis, nunca demonstrava interesse por nada, usou fralda até os seis anos [ e Eva acreditava que era apenas para provoca-la], entre outros que vou deixar para você descobrir ao ler ) , ela decide ter mais um filho, e mesmo o marido sendo contra, ela faz de tudo até conseguir sua segunda gravidez.
Célia é o oposto de Kevin. Uma menina alegre e carinhosa, porem medrosa. Célia vê o irmão como herói, e esse sabe que não há forma melhor de atingir sua mãe se não através da irmã.
Muito bem escrito e muito bem amarrado, o livro não deixa pontas soltas. A narrativa viciante faz você não querer mais soltar o livro! E o final! CÉUS! É surpreendentemente arrepiante! A narrativa de Lionel não deixou nada a desejar, os personagens são muito bem desenvolvidos e trabalhados, o psicológico deles são muito bem explorados. Não há do que reclamar.
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Precisamos falar sobre Kevin foi, sem sombras de duvidas, o melhor livro que li em 2015.
O livro é narrado em primeira pessoa, de forma que por meio de cartas endereçadas ao marido ( Franklin), Eva (a mãe de Kevin) faz uma analise de toda sua vida até o atual momento.
Com cartas que partem desde o namoro dos dois até a terrível quinta feira, Lionel Shriver prende o leitor com cenas detalhas e o peso da verdade que existe em Eva. Essa é uma personagem muito sincera, muitas vezes vista como fria e até mesmo egoísta, uma mulher de sucesso e amante de viagens, sempre contra a ideia de ter filhos. Como seu oposto temos Franklin, tipico personagem americano, com o sonho de ser pai.
O livro retrata não o que Kevin fez, mas sim um questionamento do "por que ele fez?" e o famoso "De quem é a culpa?" O foco está em que ficou fora das grades, os parentes dos assassinos. Em suas cartas ao marido, Eva retrata também com tem passado seus dias após o filho virar uma estrela dos noticiários, a hostilidade dos vizinhos e de desconhecidos por considerar ela culpada por criar um monstro.
A relação de mãe é filho exposta é uma quebra da visão que o pai tem de sua família. Kevin é tudo que Franklin sempre sonhou, e nada que a esposa diga pode mudar, ele sempre julga Eva por não querer ter filhos e acha que a mulher apenas implica com o filho.
Eva nunca quis ser mãe, e esperava com o nascimento do primeiro filho sentir todo o amor que os amigos relatavam ao dizer sobre sua experiencia ao serem pais. Mas Kevin rejeita a mãe logo que nasce.
Com o passar do tempo, as coisas não melhoram entre eles, o filho que Eva tem é outro filho na frente de Franklin e ela sabe que o verdadeiro filho é aquele que ela vê. Uma infância marcada por choros intermináveis e despreço por tudo Kevin se mostra em um verdadeiro pé de guerra com a mãe.
Kevin é manipulador e apático, desde pequeno mostra seu tédio pelo mundo. Kevin sabe que é importante dividir para conquistar.
Com o crescimento de Kevin o questionamento de Eva sobre ser a culpada pelas atitudes do filho (vejam, Kevin tem varias manias e ações questionáveis, nunca demonstrava interesse por nada, usou fralda até os seis anos [ e Eva acreditava que era apenas para provoca-la], entre outros que vou deixar para você descobrir ao ler ) , ela decide ter mais um filho, e mesmo o marido sendo contra, ela faz de tudo até conseguir sua segunda gravidez.
Célia é o oposto de Kevin. Uma menina alegre e carinhosa, porem medrosa. Célia vê o irmão como herói, e esse sabe que não há forma melhor de atingir sua mãe se não através da irmã.
Muito bem escrito e muito bem amarrado, o livro não deixa pontas soltas. A narrativa viciante faz você não querer mais soltar o livro! E o final! CÉUS! É surpreendentemente arrepiante! A narrativa de Lionel não deixou nada a desejar, os personagens são muito bem desenvolvidos e trabalhados, o psicológico deles são muito bem explorados. Não há do que reclamar.
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Sobre o filme
Não é ruim, mas está longe de ser bom.
Não sei, é algo muito pessoal (por exemplo, minha irmã assistiu o filme antes de ler o livro e adorou) mas achei o filme meio vago.
Vamos começar por coisas superficiais: Os atores que fizeram Kevin, foi fantástico! Porem enquanto há quatro atores para Kevin, para Eva há apenas uma (Que por sinal é uma ótima atora, e excelente escolha) e não há nenhuma utilização de maquiagem para o decorrer dos anos, afinal se passam 16 anos.
Mas como disse no inicio, apenas superficial...
O que o filme me desapontou foi pela narrativa. Ficou algo lento, e até um pouco confuso, cortaram parte muito importantes e os personagens não foram bem explorados.
Eva parece realmente odiar o filho.
Tudo que acontece realmente parece apenas acidente e que ao culpar Kevin, Eva parece louca ao culpa-lo.
Celia, a irmã mais nova, é apenas um saco de pancadas.
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